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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Fazendo Cerveja - Parte I

Vou contar uma história pra vocês... Um belo dia de domingo, bem preguiçoso, pedi via delivery um prato de um renomado restaurante de Belém. Paguei algo em torno de R$ 60,00 em um prato para 2 pessoas que, além de vir mal servido, não vi nada que justificasse o preço. Não comprometia, mas não enchia os olhos.

Então resolvi comprar os ingredientes e fazer eu mesmo o prato. Resultado: Com mesmo valor fiz um prato muito melhor e que servia muito bem até 6 pessoas.

A receita é simples: Seguir a receita.

Com o passar do tempo adentrei de vez no mundo das cervejas premium, uma antiga paixão desde a temporada que passei por sampa (em Belém, chegou tardiamente, como quase tudo). E depois de degustar "algumas", e descobrir que uma galera maluca tava fazendo cerveja por essas bandas, aí eu pensei: Tô dentro. 

Resolvi novamente seguir a receita: comprei um Kit de fabricação e,  meio que na raça e na humildade, resolvi encarar a minha primeira brassagem. O estilo escolhido foi o English Pale Ale. 


Cinto do Batman preparado


Receita toda desregulada, escolha errado do estilo... Fazer o que né?
Metendo o bicho nas panelas

O resultado foi dentro do esperado, mostro sacarificado. Agora na fase de fermentação só me restava esperar.

Preparando a fermentação

Fermentando... Antes da "cilada, Bino"

Só que por meninice a temperatura não foi controlada como recomendado, logo o mosto acabou congelando. 

Ainda tentei salvar essa produção descongelado-a. Ela fermentou por muito tempo (outra falha) e o sabor ficou aquém do esperado.

Depois de uma sucessão de erros, lição aprendida:

  • Preparar equipamentos com um dia de antecedência;
  • Preparar brassagem em fogão de alta pressão, para um melhor controle da temperatura, diminuindo tempo de brassagem;
  • Utilizar bomba de recirculação para transferência da panela de brassagem para panela de fervura;
  • Utilizar bacia de água com gelo, sal e álcool para diminuir a temperatura da panela de fervura o mais rápido possível (abaixo de 30º);
  • Inocular o fermento em temperatura adequada (abaixo de 30º);
  • Respeitar a temperatura de fermentação, de acordo com cada estilo;
  • Maior preocupação com a sanitanização dos instrumentos;
Como eu sempre lembro daquele prato (um filé à Paillard), não vou desistir fácil da minha cerveja.

Essa semana (30 ou 31/01/2014) farei um English IPA. No próximo post eu conto essa experiência. Até lá